quarta-feira, 25 de maio de 2011

Varanda de Cruz das Almas

Anu Branco

O anu branco possui uma plumagem predominantemente creme, com uma grande faixa preta na calda e um topete encrespado alaranjado.
Características
Corpo franzino, cauda comprida, graduada e com fita preta. Branco-amarelado, bico cor de laranja (cinzento no indivíduo imaturo). Bico forte e curvo. Espécie sem dimorfismo sexual. O cheiro do corpo é forte e característico, perceptível para nós a vários metros e capaz de atrair morcegos hematófogos e animais carnívoros. Quando empoleira arrebita a cauda e joga-a até às costas. Anda sempre em bandos. São aves extremamente sociáveis. Mede cerca de 38 cm. Sua vocalização é alta e estridente: “iä, iä, iä” (chamada e grito durante o vôo); “i-i-i-i” (advertência); seqüência fortemente descendente e decrescendo de melodiosos “glüü” (canto); cacarejo baixo.
Alimentação
O anu-branco se alimenta de grandes artrópodes, pererecas, pequenas aves e pequenos mamíferos como camundongos. Em épocas de escassez de artrópodes alimenta-se de frutas, bagas, coquinhos e sementes de forma alternativa.  Alimenta-se também de insetos, como as cigarras que apanham em pleno vôo.
Reprodução
O ninho é construído em forquilhas de árvores a 5 metros do solo. Põe de 4 a 7 ovos de cor verde-marinho com uma camada calcária de alto revelo, o ovo tem de 17 a 25% do peso da fêmea. Os seus ovos são relativamente muito grandes, tem de 17 a 25% o peso da fêmea. Fazem ninhos individuais ou coletivos, neste último sendo encontrados até 20 ovos. Os filhotes abandonam o ninho antes de voar e são alimentados por algumas semanas mais. Estes hábitos reprodutivos são semelhantes aos do anu-preto.
Hábitos
Até certo ponto são beneficiados pelo desaparecimento da mata alta, pois vivem em campos, lavouras e ambientes mais abertos. Migram para regiões onde eram desconhecidos e tornam-se as aves mais comuns ao longo das estradas. Devido ao seu vôo lerdo e fraco, são freqüentemente atropelados nas estradas e arrastados ao mar por fortes ventos. São atingidos pela ação funesta dos inseticidas, fato tanto mais lamentável por serem muito úteis à lavoura. Gostam de apanhar sol e banhar-se na poeira, ficando a plumagem às vezes fortemente tingida com a cor da terra do local ou de cinza e carvão, sobretudo se eles correrem antes pelo capim molhado, o que torna suas penas pegajosas. Pela manhã e após as chuvas, pousam de asas abertas para enxugarem-se. À noite, para se esquentar, juntam-se em filas apertadas ou aglomeram-se em bandos desordenados; acontece de um correr sobre as costas dos outros que formam a fila a fim de forçar a sua penetração entre os companheiros. Procuram moitas de taquara para pernoitar. Esta espécie morre de frio no inverno. Arrumam as suas plumagens reciprocamente. Animais carnívoros em geral são seus predadores naturais. Esta espécie é atacada por outras aves, por exemplo, o suiriri, mas é reconhecida como possível inimiga da coruja, provavelmente a coruja-buraqueira. Algumas espécies da família Columbidae como as rolinhas se assustam com o aparecimento de anus-brancos. O anu-branco por sua vez enxota o gavião-carijó quando estes pousam nas imediações do seu ninho.


Anu Branco

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